sábado, 24 de abril de 2010

Calado e cansado,
Sem forças
Para caminhar.
Andando arrastado
Sem respirar.
Que modo pesado
E estranho de andar.

Já me droguei de cafeina,
Já fumei o meu cigarro,
A calma da nicotina
Permanece com o catarro.

Escrevo sem parar,
Apenas com vondate de escrever,
Não querendo nem rimar
Ou outra coisa dizer.

Aai, estou farto, farto, FARTO...
Farto disto e daquilo
Farto de mim e de ti
Farto de tudo e de nada
Farto do que tenho
E daquilo que não consegui.

Permaneço em pé
Como deitado.
Olho-me, não sabendo quem é
Nem quem está ao meu lado.
Permaneço assim,
Calado e cansado...

Poesia

Oh Deuses da Natureza
Dai-me razões mais concretas.
Oh Pessoa de mil faces
Entoa os teus mil poetas.
Oh vida sem fim
Oh Fado e o teu destino,
Porque fizeste de mim
O teu bastardo menino.
Oh poesia,
Oh matemática,
Uns aclamam a tecnologia
Outros saboreiam a gramática.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Razão adormecida

Incrivelmente se sente
Que o pergaminho da vaidade
É, para alguns, inconscientemente
O único caminho para a felicidade.

Tatuam valores,
Vestem importância,
Escondendo dissabores
Da sua ganância.

Vivem da mentira,
Mentindo como sustento.
Possuídos pela ira
Do maléfico encantamento.
Aclamam pelo valor ausente,
Pela paz não merecida!
Jogam, com a própria mente,
Á "razão adormecida".

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Campo

Preso por uma janela,
Invejo aquele campo florido.
Aquela Natureza bela
Faz-me perder o sentido!

Sinto o seu cheiro
Ouço-lhe o canto.
Imagino-me no seu meio
Coberto pelo verde manto.

Que paz!
Que harmonia...
Invejo aqueles simples pássaros,
Que gritam alegria
Numa fantástica e serena sintonia.
Harmoniosamente desafinados,
Fazem esta Natureza,
Os mais belos apaixonados
Contemplarem a sua beleza.

O sol despede-se,
A brisa arrefece,
As nuvens escurecem
E o canto desaparece...
Despeço-me dos pássaros
Que voltam para o seu ninho.
Fecho a janela,
E adormeço sozinho...