quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ollhas para mim

Olhas para mim...
Nao me conheces
E mesmo assim
Insistes em olhar para mim.
É assim tao estranho fazer o mesmo que tu?
O mesmo que nada
O mesmo que toda a gente
Existo, respiro
E assim vivo.
Olhas para mim como nao respirasses também.
Suspiras e eu suspiro
Já escrevendo sem sentido.

Continuas olhando para mim e eu escrevo
Escrevo
E escrevo,
Talvez com esperanças de seres papel no meu enredo
De uma história de vida, de café ou de banco de jardim.
Ficando assim,
Olhando para mim.

Olhas para mim como se fizesse algum mal
Não me lembro da tua cara
Nem estranhei o teu cheiro
Olhas para mim como nao te fosse alheio
E então ? Olhas para mim ?
Já nao sei se escrevo ou se te pinto em palavras
De cores doces e amargas.

Sendo assim...
Vai olhando para mim
Seras papel de parede,
Quadro dos meus poemas,
Água e sede.
Serás mais e tudo isso apenas.

Sendo assim...

Olha para mim...

domingo, 24 de outubro de 2010

Sombras

Aí estás tu !
Aí está tu perseguindo-me de novo.
Escondeste da luz
Como eu dos meus medos
Persegues-me á tanto tempo
Que já conheces os meus segredos

A que raio de espécie tu pertences ?
Que raio de animal és tu?
Não respiras nem te alimentas ,
E é por aquilo que tu foges
Que te sustentas.
Não te cansas de imitar
O homem, o animal ou o objecto!
Não aprendeste a viver ou a amar
Pois não és nada em concreto!

Não me pertences
Pois não morres comigo.
Mas se te vejo a correr pela rua
É porque corro contigo!

sábado, 24 de abril de 2010

Calado e cansado,
Sem forças
Para caminhar.
Andando arrastado
Sem respirar.
Que modo pesado
E estranho de andar.

Já me droguei de cafeina,
Já fumei o meu cigarro,
A calma da nicotina
Permanece com o catarro.

Escrevo sem parar,
Apenas com vondate de escrever,
Não querendo nem rimar
Ou outra coisa dizer.

Aai, estou farto, farto, FARTO...
Farto disto e daquilo
Farto de mim e de ti
Farto de tudo e de nada
Farto do que tenho
E daquilo que não consegui.

Permaneço em pé
Como deitado.
Olho-me, não sabendo quem é
Nem quem está ao meu lado.
Permaneço assim,
Calado e cansado...

Poesia

Oh Deuses da Natureza
Dai-me razões mais concretas.
Oh Pessoa de mil faces
Entoa os teus mil poetas.
Oh vida sem fim
Oh Fado e o teu destino,
Porque fizeste de mim
O teu bastardo menino.
Oh poesia,
Oh matemática,
Uns aclamam a tecnologia
Outros saboreiam a gramática.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Razão adormecida

Incrivelmente se sente
Que o pergaminho da vaidade
É, para alguns, inconscientemente
O único caminho para a felicidade.

Tatuam valores,
Vestem importância,
Escondendo dissabores
Da sua ganância.

Vivem da mentira,
Mentindo como sustento.
Possuídos pela ira
Do maléfico encantamento.
Aclamam pelo valor ausente,
Pela paz não merecida!
Jogam, com a própria mente,
Á "razão adormecida".

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Campo

Preso por uma janela,
Invejo aquele campo florido.
Aquela Natureza bela
Faz-me perder o sentido!

Sinto o seu cheiro
Ouço-lhe o canto.
Imagino-me no seu meio
Coberto pelo verde manto.

Que paz!
Que harmonia...
Invejo aqueles simples pássaros,
Que gritam alegria
Numa fantástica e serena sintonia.
Harmoniosamente desafinados,
Fazem esta Natureza,
Os mais belos apaixonados
Contemplarem a sua beleza.

O sol despede-se,
A brisa arrefece,
As nuvens escurecem
E o canto desaparece...
Despeço-me dos pássaros
Que voltam para o seu ninho.
Fecho a janela,
E adormeço sozinho...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Impulsos

Sinto em mim
Uma indecisao!
Um complexo vazio
No meu coraçao.

Nao sei se é verdade
Ou se minto.
Quando por impulso
Faço o que sinto.

Nao controlo
Nem controlarei,
Só os Deuses sabem
Como o farei.

Se sigo em frente,
Ou se páro por uma indecisão.
Se te leio a mente
Ou se te ouço o coração.

AAAAAAArrrrreee!!!
Chega ! Chega!
Quero sentir de novo os teus beijos
E o teu abraço.
Que me concretiza os meus desejos
E me completa em todo o espaço.
Quero estar em mim e em ti ao mesmo tempo
Ter a lua e as estrelas
Como nosso sustento.
Seremos um
E um só.
Morreremos juntos
E seremos pó.